Escritor ex-satanista, Daniel Mastral é encontrado morto.
05/08/2024Marcelo Agostinho Ferreira, conhecido como Daniel Mastral, ficou famoso pelo livro Filho do Fogo, que reúne três volumes
O escritor Daniel Mastral, de 57 anos, foi encontrado morto na Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, na noite desse domingo (4/8). O corpo estava caído em uma área de mata, com ferimento na cabeça.
Segundo a Polícia Civil, moradores da região ouviram um “estampido”. O local foi preservado pela Guarda Municipal de Barueri. O caso foi registrado como suicídio.
Marcelo Agostinho Ferreira, conhecido como Daniel Mastral, ficou famoso pelo livro Filho do Fogo, que reúne três volumes. Presença constante em podcasts, o teólogo se denominava como um ex-satanista. Mastral mantinha um canal no YouTube com mais de 780 mil inscritos.
Em fevereiro, Mastral afirmou em entrevista que abandonou o satanismo porque o instruíram a fazer um sacrifício humano, porém ele não tinha sangue frio e nem coragem para concluir o objetivo, que o levaria a aumentar o grau de poder e hierarquia na seita pagã.
Ex-satanista, Daniel Mastral revela por que abandonou a seita pagã
Daniel Mastral, famoso pelo livro Filho do Fogo, que reúne três volumes, revelou o porquê de ter largado o satanismo. O escritor afirmou que o instruíram a fazer um sacrifício humano, porém ele não tinha sangue frio e nem coragem para concluir o objetivo, que o levaria a aumentar seu grau de poder e hierarquia na seita pagã.
“Eu já tinha ouvido falar disso, mas eu nunca tinha visto. Eu nunca tinha presenciado, assim, ao vivo. Eu sou incapaz de matar um bicho, um animal, um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”, disse numa entrevista para o canal Na Real, de Bruno Di Simone, no YouTube, que a coluna Fábia Oliveira teve acesso com exclusividade.
Mastral prosseguiu o relato lembrando de outro episódio que foi crucial para que abandonasse o satanismo de vez: “Na época, eu namorava uma moça que era evangélica e eu fui visitar a igreja dela. Lá havia um grupo fazendo uma adoração genuína, verdadeira. Não era show, não era espetáculo. A adoração genuína me derrubou no chão, sabe? Eu perdi o controle, desmaiei. Eu perdi a minha consciência”.
Daniel frisou que se sentiu revoltado com a situação, mas que seus superiores garantiam que ele não estava preparado e que, para isso, precisaria concluir o sacrifício. Até então, o espiritualista considerou a opção. “A minha namorada marcou um encontro com o pastor da igreja, porque ele queria falar comigo. Eu fiz um feitiço contra ele e fui até lá. Ele teve um problema e não foi. Marquei de novo, né? Ele teve outro problema também e não foi. Na terceira vez, eu falei com o senhor sacerdote pra me ajudar a fazer um feitiço mais robusto”, falou.
E continuou: “Na segunda vez, eu fiz um feitiço pra matar ele e não funcionou. O cara estava vivo. Bateu o carro, mas não sofreu um arranhão. Ru fiquei muito indignado com isso, né? E aí [os satanistas] fizeram um ritual pra acabar com ele. E aí eu fui ao encontro [com o pastor] cheio de orgulho, soberba, pensando: ‘O cara não vai vir’. Esperei duas horas, quando tô indo embora, o cara chega. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse nele, eu caía”.